quinta-feira, 27 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

domingo, 23 de agosto de 2015

allan holdsworth não precisa de apresentação nem de defesa. tem um baixo seríssimo acontecendo nessa música.
and now for something different.
pode ser exagero, mas. uma coisa que eu sempre acho que falta ao blogue é afirmação de valores fundamentais.

é o solo do fredera, é o backing vocal do tavito. são inúmeros os relatos de vidas que mudaram só vendo esse vídeo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

pra não ser acusado de desvio da linha editorial, tá aqui uma música igualmente douchebag, dos igualmente feiosos anos 90, mas do rodolfito, que aí o blogue autoriza.
tava assistindo a'o pentelho dia desses. numa vibe bem judgement night, a trilha sonora tem um jeitão new metal zé mané que parece mais legal hoje (depois das devidas cervejas) do que devia parecer nos anos 90.

e isso que eu fiz cover de papa roach ali em 2005.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

se tudo o que saiu da alemanha no período soa tanto estéril quanto esquemático, esse disco, de 73, é especial.
mais pela capa. e pela vibe nick lowe.
este post atende duas séries em andamento aqui no blogue:

1) salve a única música boa que a banda ruim gravou; e
2) músicas que se tivessem sido gravadas por outra banda e não pelo foo fighters dava pra respeitar.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

não sei já postei essa ou quantas vezes. verdade é que não tem maneira melhor de abrir a semana. e ainda coaduna com a conversa de Open C que o Gabriel tava mantendo no sábado.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

só mais uma dos three friends. a falta de edge no vocal é amplamente compensada pelo fato de que este tipo música ainda role tão perto dos dias de hoje.
e a mãe de todas as reuniões. dica do Matheus Mota.
e por falar em guitarra vagamente dançante.
where are you gonna be when a bit of classic albert hammond jr. (or even richard lloyd himself) kicks in?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

sábado, 8 de agosto de 2015



Sabadão discaço - ALL THINGS MUST PASS

o Paul McCartney e o George Martin sintetizaram música clássica e jazz (via Debussy e via Bacharat e Bernstein). a carreira solo do John Lennon veio mostrar que a dele era mais blues e folk, o ré maior e o sol com sétima. o Ringo é o Ringo. quem sobra? George Harrison cai de paraquedas no meio dessa história toda e é responsável por inventar uma linguagem melódica diferente, eminentemente guitarrística.

foi uma jornada longa, de narigudo guitarrista de apoio a compositor de something, mas tanto a perspectiva histórica quanto o doc do Scorsese nos livram de entrar nesse mérito. talvez seja melhor descrever um pouco dessa linguagem.

um começo tão bom quanto qualquer outro é falar do alcance vocal limitado, que sugere que, em vez de grandes saltos intervalares, dá pra fazer mais com menos, talvez simplesmente subindo um semitom numa das notas do acorde. é possível que as incursões pela música indiana e seus microtons tenham sedimentado essa tendência. para verificar isso, basta lembrarmos dos riffs de abertura de I want to tell you e Wah-wah.

outro começo é falar da guitarra em si. um som limpo, alterado por um fuzz ou por um leslie, usando slides e dedilhados para atacar notas específicas, no mais das vezes deixando os acordes cheios pro teclado ou pra outra guitarra.

outro começo seria mencionar colaboradores, Dylan, Clapton, Preston, Ringo, os Phils Spector e Collins e por aí vai.

não precisamos falar só de técnica, outros começos dariam certo também. a gente poderia falar das tensões internas dos Beatles, a gente poderia falar da esposa perdida, poderia falar das músicas a que banda não conseguia dar vazão (um problema comum a todos eles) e que o George acabava entregando pra outros artistas gravarem. a gente poderia falar de tudo isso e ainda não daria conta de relatar com precisão a explosão criativa que foi o All things must pass.

da extensão do disco, 1 hora e 46 minutos, à quantidade de faixas, 21, à megalomania sonora da wall of sound que o Phil Spector criou (cinco guitarristas base?), não é difícil detectar que havia muita coisa represada e que o George queria expressar. um senso ritualístico, de purga mesmo, pervade o disco.

as letras abordam temas muito abstratos, com um certo viés filosófico. não é fácil tratar de maneira tão pessoal temas como amor, piedade, integridade, e não soar nem condescendente nem pretensioso. é incrível, essa habilidade de cantar realidades grandiosas sem cair no ridículo só encontra paralelo num Neil Young, num Milton Nascimento.

a pessoalidade que se sente ao ouvir o disco é reforçada pela história de que o processo de gravação teve de ser interrompido algumas vezes, porque o George Harrison teve de viajar para ver a mãe, que estava com câncer. ou seja, ao mérito musical indiscutível, soma-se uma carga emocional forte. é só assistir o documentário aí de cima para perceber que o George é de uma grandeza moral tão grande que as histórias que o envolvem ganham essa atmosfera de pessoalidade e de cuidado.

é isso. dos maiores que o roque produziu, All things must pass é, pra além da façanha técnica, um dos discos feito com mais amor e com uma visão mais clara do que nos move e do que nos atrapalha.

Highlights:

I'd have you anytime
Behind that locked door
Beware of darkness
All things must pass

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

é vocalista baixinho, é baixista com roupa de esqueleto, é pete townshend. uma banda belíssima.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

aqui num tom menos amargo.
neste ensaiaço, o martim vasques tá dizendo que não há muita diferença entre utopia e distopia, otimismo ou pessimismo pra com o futuro. ambos se constituem num eixo de negação da realidade.

que é fácil descartar artistas cínicos e espertinhos como lou reed e nick cave e ir atrás de gente mais luminosa é fácil. o problema é que isso ignora que, como contrapartida do otimismo, do mundo cor-de-rosa, o cinismo também tá entranhado na gente.

They called at me through the fence
They were not making any sense
They claimed that I had lost the plot
Kept saying that I was not
The man I used to be
They held their babes aloft
Threw marsh mellows at the Security
And said that I'd grown soft